WordPress (de) Portugal, WordPress (em) Português

Alguns já declararam o óbito e outros fizeram-lhe o enterro, mas ao que se vê essa espécie de gatos-pingados deveria dedicar-se a actividades mais lúdicas, por exemplo à pesca, ao crochet ou ao chinquilho: os “blogs” em geral e o WordPress em particular continuam de boa saúde. Essa é que é essa.

No caso da WordPress Portugal, uma (excelente) ferramenta anti-acordista já por tantas vezes aqui mencionada, tal e tão rica saúdinha vai dando cada vez mais sinais de verdadeira pujança. É o que muito claramente indica o evento agora anunciado para o próximo dia 17 de Novembro em Lisboa.

O surgimento das redes anti-sociais, Facebook, Twitter e os vários “derivados”, sucedâneos parcelares daqueles dois gigantones, parecia até há pouco tempo ameaçar os “blogs” — muitos milhares fecharam ou simplesmente desapareceram — e tornar-se monopolistas das atenções, dos meios e sobretudo das grandes massas de utilizadores que aderiram à comunicação virtual. Não apenas se volatilizaram imensos “blogs” de todos os tipos e feitios, como as próprias plataformas de alojamento e sistemas de criação (Livejournal, Blogspot e Blogger, e ainda, a nível tuga, a Sapo Blogs, entre outros) foram fechando “portas” ou entraram numa espécie de coma induzido… pelo “microblogging”, as ditas redes anti-sociais.

E assim, abreviando em extremo uma longa — se bem que muito rápida — história, à enxurrada que varreu os “blogs” acabou por resistir e escapar incólume aquele que sempre foi a mais fiável plataforma de alojamento, o sistema mais consistente e o programa mais intuitivo: o WordPress, precisamente.

Já se vão tornando evidentes sinais de exaustão por parte dos utilizadores das redes anti-sociais. O que aliás é compreensível: por regra, o Fakebook — mais governamentalmente instrumentalizado — e o Twitter — idem aspas, mas cheio de cavalgaduras particulares — não passam de antros pessimamente frequentados servindo para propaganda politiqueira, estupidificação em massa, desinformação oficial, conjuntamente governamental e privada. 

Portanto, mesmo sem entrar nos escorregadios atalhos da futurologia, não será difícil prever que os “blogs” voltarão a ocupar o seu lugar de natural supremacia e, por maioria de razões, o serviço mais adequado (e preparado) será então o WordPress. Acresce que, no caso do ramo português (em Português), essa experiência poderá representar um saudável regresso às origens, com o acréscimo de ali ter existido um referendo sobre o #AO90 (uma coisa a sério, não mais uma brincadeira dos do costume) e poderem portanto contar com um interface decente***.

A WP-PT é, para os utilizadores portugueses (e dos PALOP), uma garantia não apenas de qualidade como, principalmente, de coerência.

Coisa rara, como sabemos, e em especial nestes perigosos tempos de corrida aos armamentos da estupidez.

Hands-on: WordPress traduzido em português

Details

Neste meetup vamos mostrar como funciona a tradução do WordPress.

Falaremos sobre as melhores práticas para traduzir temas e plugins, que ferramentas podes utilizar, que dificuldades podes encontrar e como a comunidade te pode ajudar.

O meetup terá uma componente prática, se quiseres começar a traduzir algum tema ou plugin, traz o teu computador e participa!

Será apresentado por Pedro Mendonça, editor da tradução portuguesa do WordPress, contribuidor do GlotPress, autor de plugins relacionados com a tradução, designer e apaixonado por blocos a sério – LEGO.

O meetup realiza-se, graças à PTisp, na Sala Valmor do Hotel Príncipe Lisboa, junto ao metro de São Sebastião. [“Meetup“]

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Lápis azul nas redes anti-sociais [6]

In the vast majority of cases there was no trial, no report of the arrest. People simply disappeared, always during the night. Your name was removed from the registers, every record of everything you had ever done was wiped out, your one-time existence was denied and then forgotten. You were abolished, annihilated: vaporized was the usual word.
[‘1984’, George Orwell]

Livre arbítrio

Sobre as sucessivas camadas de ruínas, da 2.ª Grande Guerra à queda do Muro de Berlim, passando pela “crise dos mísseis” e pelo Vietname, uma nova ordem mundial emergiu, ainda mais refinadamente sórdida e ditatorial do que todas as autocracias, ditaduras ferozes e regimes sanguinários que a precederam: uma “nova” sociedade altamente vigiada, servida por uma miríade de “novas” forças repressoras, vários corpos de polícia política — travestida de “entidade reguladora” ou de outra coisa qualquer ou de coisa nenhuma — tendo por finalidade única o esmagamento da dissidência, a eliminação através da ostracização, a vaporização (no sentido orwelliano do termo) de tudo aquilo que escape ao mainstream politicamente correcto. Sendo já prática corrente, a demolição sistemática de todas e quaisquer referências, conteúdos ou simples opiniões que não obedeçam à “norma” vigente ou que extravasem as fronteiras do pensamento autorizado são agora — “legítima e democraticamente”, segundo os ditames da cartilha obrigatória — rastreadas por sistema e apagadas mais ou menos discretamente, sendo os seus autores tão vaporizados quanto aquilo que dizem, escrevem ou sequer pensam.

É disto que estamos a falar, é das consequências para a liberdade, os direitos e as garantias do indivíduo, quando referimos a “política” comummente aceite ou forçadamente tornada aceitável pela massa amorfa que resulta da propaganda compulsiva e do geral embrutecimento promovido pelos meios (media) ao dispor dos “donos disto tudo”.

Perante a geral — e altamente comprometida — complacência de todas as tribos partidárias, sem excepção, a “mão invisível” dos DDT, não apenas vigilante e repressora como também insidiosa e venenosa, actua em campos muito mais vastos do que as redes anti-sociais.

Por exemplo, estão de regresso os autos-de-fé — réplicas dos medievais, imitações dos da Alemanha nazi — com os respectivos acepipes e entradas, como as queimas de livros.

A WayBack Machine presta um inestimável serviço à comunidade cibernética, ou seja a todas as pessoas normais em todo o mundo.


Evidentemente, nestes novíssimos autos-de-fé estão incluídos os cortejos (procissões), com diversos andores, pendões e, sobretudo, imensos membros do clero ricamente paramentados — vulgo, “políticos” e “influenciadores” — conduzindo hereges e apóstatas ao suplício público (no alto de um monte, que pode ser de esterco).

Dependendo da inspiração (salvo seja) que tiverem na altura esbirros, algozes e carrascos, a delirante invenção de pretextos para a pretendida condenação do “pecador”, assim resultará o castigo mais adequado do perigosíssimo criminoso, na muito pouco ou nada douta sentença exarada pelo tribunal de sanha da inquisição.

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Novo endereço: apartado53.wordpress.com

Ainda com algumas arrumações por fazer, como aliás sempre sucede quando se muda de “casa”, o Apartado 53 já mora noutro endereço: https://apartado53.wordpress.com.

Por enquanto ainda surge no blog alguma publicidade do novo “senhorio” (WordPress.com) mas, quando caducar o alojamento pago no hospedeiro anterior, espero então usar a mesma verba para pagar as “rendas” aqui; isto porque para despesas em duplicado não temos vagar, é claro.

Esta mudança impunha-se desde há muito, por diversas razões e em especial desde que os esbirros acordistas — bufos, paus-mandados, idiotas úteis e agentes à civil —  trabalharam com afinco e dedicação à “causa” deles (dinheiro, tachos, prebendas, mordomias) para que fossem banidos do Facebook todos os endereços e conteúdos alojados  no “domain” cedilha.net. Não apenas foi essa matilha responsável pelo banimento do “domain”, como foram também alguns deles, essa canzoada que obedece à voz do dono, os autores dos permanentes e nada misteriosos ataques técnicos anteriormente  relatados.

Questões de segurança, genérica e globalmente falando, são aliás o principal motivo para esta mudança radical. Não apenas este blog foi já transferido na íntegra, como todos os outros conteúdos acabarão — literalmente, decerto —  também nesta plataforma americana, até porque em termos de jurisdição “isto” não tem nada a ver com os “hosts” portugueses.

Acresce que, ao contrário do Fakebook, a WordPress não tem em Portugal uma sede que ninguém sabe onde é, funcionários que ninguém sabe quem são ou um telefone de que ninguém sabe o número. Pelo contrário, os serviços portugueses da WordPress, liderados por um verdadeiro anti-acordista, não apenas estão (relativamente) imunes a traidores e vendidos, como também não se deixaram contaminar pela marabunta brasileirista — tanto o site pt.wordpress é mesmo “pt.” (não é a fingir) como o próprio programa está em Português.

Ainda vai levar algum tempo, espero que apenas alguns dias, até que já não se notem os efeitos (técnicos ou outros) inerentes a esta espécie de ‘começar de novo’. Além de continuarem ainda a chegar  camiões de mudanças carregados com outros blogs, arquivos e todo o tipo de mobiliário, adereços e atavios virtuais, há sempre uns quantos problemas a resolver (outro modelo/theme implica mexer novamente em tudo) e portanto é natural que ocorram algumas dificuldades… a resolver caso a caso, à medida em que forem surgindo.

Enquanto o alojamento anterior estiver pago (até Janeiro), poderá haver redireccionamento automático, ou seja, qualquer conteúdo no endereço antigo (página, “post”, imagem etc.) remeterá directamente para a URL que aqui lhe corresponde. Depois daquela data, com a extinção do “domain” cedilha.net, então os endereços antes utilizados passarão a dar “erro 404“.

Por isso, antecipando e prevenindo que possa vir a suceder tal erro, conviria adicionar desde já o novo endereço aos seus “favoritos”. 

Com a certeza de que o Apartado 53, ainda que em novo local e mesmo tendo mudado de aspecto, continua a ser o que sempre foi: um troço da muito longa trincheira em que se defende a Língua Portuguesa, o primeiro reduto da identidade nacional.

 

[Imagem de topo de: Pixabay. Imagem de “cegos surdos e mudos” de: Wikipedia.]

Lápis azul nas redes anti-sociais [5]

«Porque nós temos a oposição, a nível global, de uma conspiração monolítica e impiedosa que se apoia em meios obscuros para expandir as suas esferas de influência, com infiltração em vez de invasão, com subversão em vez de eleições, com intimidação em vez de livre escolha, com guerrilha a coberto da noite em vez de exércitos à luz do dia. É um sistema que congrega vastos recursos humanos e materiais que resultam numa máquina eficiente e afinada, que combina operações militares, diplomáticas, de espionagem, económicas, científicas e políticas. As suas actuações são feitas em segredo, não reveladas ao público. Os seus erros são enterrados, não mencionados. Os que discordam são silenciados, não apreciados. Nenhuma despesa é questionada, nenhum rumor sai na imprensa, nenhum segredo é revelado.» [John Fitzgerald Kennedy, Presidente dos Estados Unidos da América, New York City, 27 April 1961]

Nesta altura, ainda o vídeo de JFK não tinha sido bloqueado por “copyright infringement” (queixa de 1 agente auto-alcunhado como “Zé Pawns“). O tema então mais activo na minha conta YT era o “processo Casa Pia”.

Não há coincidências

Para compreender a diferença entre o lápis azul virtual, geral e casuístico, e aquilo que é de facto censura por delito de opinião, cirúrgico e objectivo, com motivações políticas e ad hominem, não basta simplesmente enumerar uma cadeia de episódios, ainda que a anormal recorrência desses episódios indicie per se a existência — ou, no mínimo, a suspeita — de um padrão subjacente. Pode “não ser nada”, como se costuma dizer, mas nunca fiando.

Vinte anos “disto” é bem capaz de chegar e sobrar para algo bem mais “pesado” do que apenas desconfiar. Não é de ontem nem de anteontem, que as “coincidências” se vão acumulando. Ora, se ao menos assumirmos que na vida em geral muito raramente e na política em particular absolutamente nunca alguma coisa é mera coincidência…

A finalidade única desta série de conteúdos sobre “lápis azul”, contando também com todos os antecedentes (como por exemplo, os dois “posts” sobre A Internot), é alertar para os perigos que correm e a que tipo de retaliações podem sujeitar-se todos aqueles que julgam, por ingenuidade ou mera “distracção”, que o Artigo 37.º da Constituição vale mesmo o que lá está solenemente garantido. Trata-se, portanto e em suma, de deixar a quaisquer presentes ou futuras vítimas de censura ou represália por delito de opinião algumas pistas, caso ainda acreditem que também existe disso em Portugal, para que exerçam a sua prerrogativa mais básica e inalienável — o direito de legítima defesa.

Os sucessivos episódios de censura no Fakebook — alguns dos quais são de facto hilariantes mas outros nem por isso, ou rigorosamente nada — podem não ser ainda indícios suficientes. Com tudo isso, a que se juntam os sucessivos ataques técnicos — quanto aos pessoais, de “anónimos”, identificados e infiltrados, nem vale a pena bater mais no ceguinho –, bem, o mais natural é que por fim ainda ressurja a rapsódia da “vitimização”; até porque esta é uma palavrinha que está na moda, por um lado, e por outro há quem não reconheça a vitimização — uma táctica política, não um insulto canalha — nem que esbarre nela e parta o nariz.

A plataforma YouTube não é geralmente considerada como sendo uma “rede social”, mas na verdade funciona como tal: os utilizadores publicam “posts” com vídeos, estes são comentados e/ou partilhados, qualquer pessoa pode subscrever as contas que entender, existem “likes” e “unlikes” etc.

Ora, também no YouTube, e já desde antes do #AO90, quando ocorreram outros “fenómenos” (Maddie Mccann, diploma de Sócrates, processo Casa Pia) mas principalmente desde que o (meu) assunto principal passou a ser a aldrabice brasileirista, choveram os apagamentos, as limitações, as suspensões da (minha) conta de utilizador. Cá está de novo o padrão, tanto no Fakebook como no “TuEntubas”.

Uma das ocorrências de censura ali ocorridas está retratada, a traços largos, nas imagens que se seguem e nas respectivas legendas.

O “post” em que o vídeo aparecia ficou assim.
O “aviso” da plataforma You Tube sobre o vídeo refere “direitos de autor” (copyright infringement) como motivo para o apagamento.

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Lápis azul nas redes anti-sociais [4]

https://www.amnesty.org/en/Web Action WA 14/06; AI Index POL 30/010/2006
Start date: 20/07/06

An Amnesty International Campaign

Chat rooms monitored. Blogs deleted. Websites blocked. The Internet is a new frontier in the struggle for human rights.

Sign our pledge to keep the internet as a space for freedom of information and expression.

Irrepressible

adj. Impossible to repress or control

Chat rooms monitored. Blogs deleted. Websites blocked. Search engines restricted. People imprisoned for simply posting and sharing information.
The Internet is a new frontier in the struggle for human rights. Governments — with the help of some of the biggest IT companies in the world — are cracking down on freedom of expression.
Amnesty International, with the support of The Observer UK newspaper, is launching a campaign to show that online or offline the human voice and human rights are impossible to repress. [“Amnesty International” (pdf)]

Irrepreensível*

Adj., 2g. 1) Que não se pode reprimir.

“Chat rooms” vigiadas. Blogs apagados. Sites com acesso bloqueado. Restrições a motores de busca. Pessoas encarceradas apenas por escrever ou trocar informações.
A Internet é uma nova fronteira na luta pelos direitos humanos. Existem Governos que – com a ajuda de algumas das maiores empresas na área das novas tecnologias, a nível mundial – estão a “cair em cima” da liberdade de expressão.
A Amnistia Internacional, com o apoio do jornal The Observer UK, lançou uma campanha para demonstrar como é impossível reprimir a voz das pessoas e os direitos humanos, tanto online como offline.

Assine a nossa petição pela liberdade na Internet
Estou convicto de que a Internet deve ser uma força de liberdade política, não de repressão. As pessoas têm o direito de procurar e de receber informação, e de pacificamente expressar as suas convicções na Internet, sem receio e sem interferências.
Apelo aos governantes no sentido de que acabem com a restrição injustificada da liberdade de expressão na Internet, e às empresas para que deixem de ajudar os governos a fazê-lo.

Acerca desta petição
Em Novembro de 2006, reunir-se-ão governantes e representantes de empresas de todo o mundo, numa conferência em Nova Iorque, onde será discutido o futuro da Internet; ajude-nos a enviar-lhes uma mensagem clara, significando que existe gente por todo o lado que acredita ser a Internet um espaço de liberdade política e não de repressão.
Apresentaremos o número total (de adesões) naquela conferência. Quanto mais pessoas assinarem, mais alto se fará ouvir a nossa voz.
Por favor, leia e assine a nossa petição em http://irrepressible.info/**.

(Tradução de Apdeites, 11.11.2006)
(*) Sobre a tradução de “irrepressible” é favor ler os comentários ao post original.
(**) O webdomain http://irrepressible.info “desapareceu” em Julho de 2010.

As “amplas liberdades”

O documento acima serve para bastante mais do que apenas ilustrar a mais significativa das implicações da gigantesca máquina de censura que já foi posta em movimento por todo o mundo.

A primeira constatação é que não apenas o delito de opinião foi instituído a nível global, incluindo as ou principalmente nas próprias organizações supra-nacionais, como também não é de hoje ou sequer recente a internacionalização de todas as instituições repressivas que progressivamente vão cooperando entre si.

Os mecanismos de vigilância e de formatação das liberdades do indivíduo, outrora exclusivos dos regimes mais ditatoriais e sanguinários, espalharam rapidamente a peçonha estendendo-se — desde os primórdios da Internet — à esmagadora maioria dos governos de países que se intitulam a si mesmos como regimes democráticos.

É o caso — absolutamente flagrante — de Portugal. Em princípio, os direitos, liberdades e garantias individuais, que em teoria continuam a ser válidos e efectivos, nos termos constitucionalmente previstos, manter-se-ão pelo menos tecnicamente em vigor enquanto não for revogada a Constituição da República Portuguesa. Porém, como sabem por experiência própria alguns cidadãos, as liberdades de pensamento, opinião, expressão e informação não valem, hoje por hoje, o papel em que estão impressos — ou, em rigor, no caso, o espaço virtual onde se possa ler o texto.

Não está de forma alguma em causa o direito — e até a obrigação — de as mais diversas entidades e organizações nacionais e internacionais protegerem os cidadãos, até porque é essa a sua missão e a sua razão de existência, contra quaisquer actividades criminosas, sejam elas quais forem, desde que tal resulte ao menos da presunção da ocorrência de crimes previstos e puníveis nos termos da respectiva legislação nacional, internacional ou global, e da presunção de inocência inerente a um verdadeiro estado de direito.

Five ways technology will shape the future of politics, society and human rights

Precisamente, a questão reside na destrinça entre aquilo que é o cometimento de um crime e o que não passa de forma de expressão (mesmo que agressiva, porque as palavras não matam nem causam ferimentos) e de opinião (mesmo que a de “um contra todos” ou de péssimo gosto, porque também isso é mero enunciado). Ora, as liberdades de expressão e de opinião jamais poderão constituir um delito, dado resultarem em qualquer dos casos do pensamento — que poderá até ser extremamente mal expresso ou completamente estúpido, o que são opiniões de terceiros — e o pensamento não pode de forma alguma ser regulamentado, limitado, condicionado ou reprimido… a não ser pelo próprio indivíduo. Donde se conclui que a definição constitucional daquilo que é “opinião” e de que forma a mesma pode ser expressa (“liberdade de expressão”) constitui em essência a (de)limitação, o condicionamento, a restrição da liberdade de pensamento — que é a origem da opinião que gera a expressão.
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