Pandemónio

Covid-19. Sindicato denuncia “pandemónio” no ensino de português no estrangeiro – Nacional – SAPO

O Sindicato dos Professores nas Comunidades Lusíadas (SPCL) denunciou hoje que a pandemia de covid-19 está a gerar o “pandemónio” no ensino de português no estrangeiro e que os professores estão a receber “pouquíssimo apoio”.

O ensino de português no estrangeiro “está a ressentir-se devido à pandemia provocada pelo vírus covid-19, que impossibilita as aulas presenciais”, explica o SPCL, em comunicado enviado à Lusa.

“Os 277 professores que ainda exercem no espaço europeu estão a ter pouquíssimo apoio para poderem continuar as suas actividades lectivas à distância, visto que a acção das coordenações de ensino tem sido, até agora, extremamente fraca”, relata.

Os professores receberam avisos quando as escolas foram encerradas e pedidos para manterem o contacto com alunos e pais, mas “pouco mais sucedeu”, acrescenta, ressalvando que “muitos alunos e também alguns professores não dispõem dos meios para dar ou ter aulas à distância.

O SPCL recorda que 80% dos alunos do ensino de português no estrangeiro frequentam o 1.° ciclo e, portanto, “não podem utilizar esses meios sozinhos”.

Desde 2011 que o ensino de português no estrangeiro está sob tutela do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, que o SPCL critica por se ter preocupado em “verificar se os professores estariam mesmo nas suas residências, isto é, nos seus postos de trabalho”, mas só hoje ter disponibilizado “um curso de formação ‘online’ para que os professores possam aprender” a dar aulas à distância.

“Se tanto professores como alunos não dispuserem dos meios tecnológicos para tal, os progressos não serão muitos”, antecipa o SPCL.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

A pandemia de covid-19 — que já fez 33 mortes em Portugal — obrigou ao encerramento das escolas no dia 16 de Março.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de Março e até às 23:59 de 02 de Abril.

SBR // SRLusa, 24 de Março de 2020 — Covid-19. Sindicato denuncia “pandemónio” no ensino de português no estrangeiro – Nacional – SAPO

Escola Portuguesa de Díli (imagem): SAPO

Duas professoras portuguesas apresentaram queixa na polícia de Timor-Leste

Duas professoras portuguesas destacadas em Timor-Leste fizeram hoje participação na Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) de incidentes que ocorreram no final da semana a bordo de um transporte público em Baucau, segunda cidade do país.

Fontes policiais confirmaram à Lusa que as docentes foram hoje ao comando da PNTL em Díli, acompanhadas por responsáveis do projecto em que participam e por um elemento da Embaixada de Portugal, a pedido “de responsáveis da polícia timorense”. Na participação, as docentes explicam que estavam a viajar numa microlete, o transporte público mais usado em Timor-Leste, quando um jovem agarrou uma das professoras e gritou a palavra “corona”, antes de saltar da viatura e fugir. O caso não foi denunciado à polícia em Baucau.

As professoras relataram igualmente um caso em que foram lançadas pedras para o recinto de uma das casas em que os docentes viviam. Finalmente, as docentes referiram-se ainda a um incidente anterior, de 4 de Março, em que houve uma invasão do espaço da casa de um professor, situação que foi reportada nesse dia à polícia em Baucau que registou a ocorrência. Esse professor não foi hoje ao comando em Díli.

A Lusa solicitou comentários a docentes de Baucau que afirmaram não querer falar sobre os casos. Fonte do Ministério da Educação timorense disse à Lusa que está a ser preparado um relatório sobre a situação.

Na sequência desses incidentes, um grupo de dez professores ali destacados escreveu aos coordenadores do projecto e às autoridades portuguesas em Díli e Lisboa manifestando “o seu desejo de solicitar o seu repatriamento imediato de Timor-Leste”.

Nessa comunicação a que a Lusa teve acesso dez professores referem-se, entre outros incidentes, a uma “tentativa de agressão de uma professora na microlete”.

Perante estes incidentes e o “sentimento de insegurança” manifestado na comunicação, o embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, ordenou que o grupo viajasse para Díli onde estão desde domingo.

Questionado hoje sobre a situação, o embaixador português José Pedro Machado Vieira reiterou declarações anteriores de que até ao dia de hoje a embaixada não tinha registo de nenhum caso de agressões físicas ocorrido com professores destacados em Timor-Leste no contexto do covid-19.

Sobre a decisão de ordenar a vinda do grupo de docentes para Díli, o diplomata explicou que se deveu ao facto do “sentimento de intimidação e insegurança que as professoras manifestaram”, mas sem ter sido feito “qualquer referência a violência física”.

A maior parte dos 140 professores destacados em Timor-Leste no mesmo projecto de que fazem parte os docentes destacados em Baucau pediram o repatriamento.

RTP/Lusa, 24.03.20 — PNTL , Díli

[Os textos que eventualmente sejam publicados na imprensa usando a cacografia brasileira no original (no caso,da Agência brasileirusa) e aqui reproduzidos foram automaticamente corrigidos com a solução Firefox contra o AO90 através da extensão FoxReplace do browser. Destaques meus.]

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