Aldrabice. Aquilo foi, na verdade, e absolutamente ao contrário das expectativas, um saco cheio de lixo acordista. Não reciclável, portanto.
Como se já não bastasse tratar-se o programa de uma “parceria” entre a Fundação Francisco Manuel dos Santos, instituição respeitável e — pelo menos, aparentemente — insuspeita, e a RTP, rede televisiva de propaganda governamental e de intoxicação acordista, e mesmo que dêmos de barato a fraude das “perguntas do público” que afinal não existiram, ainda tivemos de levar com as baboseiras dos paineleiros (tirando a honrosa excepção de Ivan Lins) e com toda aquela encenação feérica, elegíaca, pacóvia, incrivelmente patega na sua “admiração” pelo “gigantismo” do Brasil.
Uma coisa nojenta, em suma.
O acordismo impingido às massas, o II Império brasileiro servido em bandeja “lusófona”. De novo. E, como sempre sucede quando a esmola é grande, o pobre, afinal, estupidamente, nunca desconfia.
O pobre, neste caso, ingénuo, crédulo, anjinho, fui eu. Divulguei aqui uma badalhoquice, peço desculpa.
«O vencedor do Prémio Camões, Germano Almeida, pede mais apoio do Estado de Cabo Verde à literatura portuguesa. Já o escritor português Pedro Mexia defende que a Guiné Equatorial não devia estar na CPLP. Declarações no programa Fronteiras XXI, da RTP 3, que discutiu o futuro da língua portuguesa.» [RTP]
https://www.rtp.pt/play/p4259/fronteiras-xxi